O Figueirense sofreu uma derrota nos tribunais e teve sua recuperação extrajudicial derrubada. Nesta semana, os desembargadores Túlio Pinheiro e Janice Goulart, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), acompanharam o voto do relator Torres Marques para tirar a validade da recuperação. A decisão foi unânime e o clube de Florianópolis tem 15 dias para recorrer da decisão.
Em nota assinada pelo presidente José Tadeu Cruz, o Figueirense afirmou que está estudando os próximos passos. "O Figueirense respeita a decisão, mas seus poderes constituídos, juntamente ao seu departamento jurídico e seus assessores externos, avaliando os impactos da decisão, estão no momento deliberando sobre as medidas que serão implementadas para a continuidade do projeto de reestruturação do clube", informou.
Homologada em 2021, a recuperação extrajudicial consiste em um acordo entre as partes para pagamento de dívidas. A recuperação já tinha sido derrubada em janeiro, mas o Figueirense conseguiu um efeito suspensivo até o julgamento desta semana. Com a decisão confirmada, o clube corre risco de penhoras por conta das dívidas.
O próprio Figueirense admitiu que não pode demorar para decidir os próximos passos. "Esperamos em breve divulgar à torcida, aos nossos conselheiros e à imprensa, as medidas que serão adotadas, sempre com muita transparência", concluiu a nota.
A tendência é que o clube não recorra da decisão e entre rapidamente com um pedido de recuperação judicial. O juiz pode então receber ou não o pedido. Em caso positivo, o clube tem 180 dias para fazer uma assembleia com os credores e apresentar um novo plano de pagamento. O importante é que neste período o clube ficaria novamente protegido de ações de penhora.
Após eliminação precoce na Série C do Campeonato Brasileiro, o Figueirense se concentra na Copa Santa Catarina, em que já tem uma vitória e um empate. O time volta a campo no sábado, às 15h30, quando recebe a Chapecoense no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC), pela terceira rodada.