O vereador paulistano Adilson Amadeu (União Brasil) foi condenado por ataques antissemitas ao também vereador Daniel Annenberg (PSDB) durante uma sessão na Câmara Municipal de São Paulo. O tucano foi chamado de "judeu filho da puta" e "judeu bosta" após votar contra um projeto de lei do colega.
A pena de um ano e quatro meses de prisão, fixada incialmente pela Justiça, foi convertida em trabalhos comunitários pelo mesmo período. O vereador também foi condenado a pagar multa de um salário mínimo e indenização de R$ 10 mil por danos morais. Ele ainda pode recorrer.
Na época, Amadeu chegou a se desculpar com a comunidade judaica. Ele disse que se "excedeu" no "calor da discussão".
A juíza Ana Helena Mellim, da 31.ª Vara Criminal de São Paulo, enquadrou as declarações como injúria racial, que engloba ofensas de raça, cor, etnia e religião. Ela também considerou que a fala do vereador não estava protegida pela imunidade parlamentar.
"Muito embora o acusado tenha demonstrado arrependimento afirmando que assim agiu como forma de revidar comentários injuriosos da vítima, tais circunstâncias não são bastantes para aplicação do perdão judicial", escreveu.
COM A PALAVRA, O VEREADOR ADILSON AMADEU
A reportagem entrou em contato com o gabinete do vereador e, até a publicação deste texto, ainda aguardava resposta. O espaço está aberto para manifestação.