Santos e Portuguesa fizeram um clássico quente na Vila Belmiro neste domingo. Diante de 13 mil torcedores, os dois rivais tentaram, mas não conseguiram sair do 0 a 0 no tempo normal. Nos pênaltis, João Paulo salvou o time praiano, que se deu melhor e avançou às semifinais do Paulistão.
Com o resultado, o Santos pega o Red Bull Bragantino, em casa, na próxima fase. Do outro lado da chave, o duelo acontece entre Palmeiras, que superou a Ponte Preta, e o Novorizontino, que eliminou o São Paulo.
O primeiro tempo foi muito positivo para a Portuguesa, que teve todos os motivos para se sentir acuada na Vila Belmiro. A equipe de Pintado somou apenas 10 pontos em 12 jogos na primeira fase do Paulistão e, ciente da superioridade santista, foi para o jogo com cinco defensores e apenas dois atacantes. Mas, o Santos não soube se impor, e quem teve as melhores chances de abrir o placar foram os visitantes. A primeira etapa esteve mais favorável à Lusa do que ao time da casa.
Gil inflamou a Vila Belmiro logo no começo. Após bate-rebate da bola na área, o zagueiro de 1,92 metros cabeceou da entrada da área e por pouco não encobriu o goleiro Thomazella. Do outro lado, o também defensor Quintana utilizou da mesma arma, mas parou em João Paulo. Foi a tentativa da Lusa de tentar se sentir mais à vontade na partida. E deu certo. De acuada, passou a gostar do jogo e foi para cima, com direito a carimbar a trave aos 42 com Maceió. O Santos até tentou boas jogadas com Otero pela direita, mas foi pouco eficaz.
Carille optou por não mexer na volta dos vestiários, por mais que Cazares estivesse apagado. O treinador esperou para colocar Giuliano, um dos destaques do Santos na temporada que soube reencontrar a boa fase ao deixar o Corinthians. Até então foram dois gols e uma assistência na temporada. Ele não jogava desde 28 de janeiro e tinha condições de atuar por apenas 20/25 minutos.
A trocação ficou mais franca na segunda etapa. Os dois times foram para o ataque para tirar o zero do placar, mas a Lusa preocupou mais. Carille não gostou de duas chegadas dos rivais e promoveu Giuliano no lugar de Cazares. Também tirou Joaquim, que quase pôs tudo a perder após perder lance para Henrique Dourado, e colocou Jair em seu lugar. Para efeitos de comparação, aos 23 minutos do segundo tempo, foram 9 finalizações para cada lado.
Otero foi expulso aos 27 por pisar no pé de Giovanni Augusto. Isso mudou o rumo da partida e fez os treinadores corrigirem suas rotas. Guilherme passou a ser, ainda mais, a esperança de gol do time santista. Ele até tentou ao menos duas vezes, mas não foi feliz.
Conforme o tempo passou, o clima de tensão foi ficando também de desespero. A Lusa fez de tudo para segurar o empate sem gols. O Santos fez de tudo para sair do zero. Os seis minutos de acréscimos foram sufocantes para a torcida da Vila. Mas, os pênaltis foram inevitáveis.
Felipe Marques errou a segunda cobrança da Lusa e João Paulo inflamou a Vila com sua defesa. Logo em seguida, Quintana, que fez uma bela partida, beliscou a bola na trave e ela saiu. Os erros foram determinantes para definir o Santos como semifinalista do Paulistão, algo que não acontecia desde 2019.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 0 (4) x (2) 0 PORTUGUESA
SANTOS - João Paulo; Hayner (JP Chermont), Gil, Joaquim (Jair) e Felipe Jonatan; João Schmidt (Rincón), Diego Pituca, Otero e Cazares (Giuliano); Julio Furch (Weslley Patati) e Guilherme. Técnico: Fábio Carille.
PORTUGUESA - Thomazella; Talles, Yeferson Quintana, Robson (Marco Antônio), Patrick e Eduardo Diniz; Ricardinho, Tauã (Zé Ricardo) e Giovanni Augusto (Paraizo); Maceió (Felipe Marques) e Henrique Dourado (Victor Andrade). Técnico: Pintado.
CARTÕES AMARELOS - Henrique Dourado, JP Chermont e Ricardinho (Portuguesa).
CARTÃO VERMELHO - Otero (Santos).
ÁRBITRO - Raphael Claus.
PÚBLICO - 13.882 torcedores.
RENDA - R$ 1.009.095,00.
LOCAL - Vila Belmiro, em Santos (SP).