O Chile precisa aprovar reformas fiscais severas para seguir com sua agenda social, afirma o Instituto de Finanças Internacionais (IIF) em relatório divulgado nesta terça-feira, 6. Segundo a instituição, os "ambiciosos planos de despesas públicas" da gestão de Gabriel Boric estão postos à prova diante da volatilidade de preços de matérias-primas e da lentidão na cobrança de receitas.
O IIF destaca que, a médio prazo, as reformas para aumento de receitas são cruciais para financiar os novos programas propostos, mas elas requerem apoio legislativo que o governo não tem hoje, e tampouco tem mostrado capacidade para unir o apoio necessário.
Em seu relatório Latam Views, o instituto pontua que a contenção da dívida pública e a reconstrução das reservas financeiras devem ser uma prioridade do governo, apesar da recente recuperação econômica chilena, que não deve se sustentar no médio prazo sem mudanças fiscais.