O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 3, que o Conselho Monetário Nacional (CMN) voltará a ser formado pelos chefes da Fazenda e Planejamento, além do Banco Central, como já havia informado na segunda-feira, 2, a ministra de Gestão, Esther Dweck. No governo Jair Bolsonaro (PL), foi formado um superministério da Economia, então o conselho era formado pelo ministro da pasta, pelo secretário especial de Tesouro e Orçamento e pelo BC.
Haddad afirmou que ele, Dweck, Simone Tebet, ministra do Planejamento, e Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, têm visões diferentes e avaliou que isso é positivo.
Mas reconheceu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai participar da "mesa de discussões" da equipe econômica. "Decisão do presidente equipe cumpre. Lula governa ouvindo as pessoas, gosto desse estilo", afirmou, em live promovida pelo site Brasil 247.
O ministro disse esperar que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC) seja relevante na reindustrialização com transição ecológica. Sobre a atuação da imprensa, Haddad considerou que uma parte está de boa fé e "está informando com mais ou menos bom humor".
Por outro lado, avaliou que há uma parcela da imprensa que é viúva da derrota e está torcendo contra, apostando no fracasso. "Os fatos vão se impor, medidas vão se impor. Em 2003, Lula estava cercado de muito ceticismo. Não é diferente agora, mas nossa casca é grossa."