O secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, disse que o bloqueio adicional feito no Ministério da Educação, de cerca de R$ 50 milhões, foi "muito pequeno" perto dos cortes que têm sido feito pela Pasta.
Na última sexta-feira, dois dias antes da eleição, a equipe econômica fez um corte de R$ 2,6 bilhões no orçamento, mas, diferentemente dos contingenciamentos anteriores, não detalhou quais pastas foram atingidas pela medida.
"Faz parte do processo orçamentário normal, todo bimestre verificamos como estamos no teto de gastos. Bloqueios são feito por isso", afirmou Guaranys, ao ser questionado sobre o tema. Ele não respondeu quando o ministério detalhará que pastas e programas foram atingidos pelo bloqueio.
Mais cedo, o Ministério da Economia divulgou que o valor atualmente bloqueado do Orçamento do Ministério da Educação é de R$ 1,3 bilhão. Segundo a nota da Economia, foram bloqueados adicionalmente no MEC R$ 51,3 milhões, "aplicados exclusivamente em emendas de relator-geral (RP 9)".
O montante bloqueado é menor do que o informado por outros órgãos. Ontem, a Instituição Financeira Independente (IFI), do Senado, divulgou que a pasta continua com R$ 3 bilhões do Orçamento deste ano indisponíveis para serem utilizados em despesas discricionárias (que não são obrigatórias).
Até agora, a Economia mantém a sete chaves o detalhamento do corte de R$ 2,6 bilhões feito no orçamento federal no dia 30 de setembro, dois dias antes das eleições. Geralmente, o órgão divulga no mesmo dia como cada pasta foi atingida. Como mostrou o Broadcast, desta vez, o governo manteve o "bloqueio secreto", temendo como isso impactaria a campanha do segundo turno.