O governo federal anuncia nesta quinta-feira, 16, reajustes que variam de 25% a 200% nas bolsas de graduação, pós-graduação, de iniciação científica e na Bolsa Permanência. Como antecipou o Estadão nesta semana, o aumento será oficializado em cerimônia às 15h no Palácio do Planalto.
Em rede social, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que hoje será "um dia importante" para a educação, a pesquisa e a ciência. "Anunciaremos o aumento das bolsas de graduação, pós-graduação, iniciação científica e Bolsa Permanência, que não tinham reajuste desde o governo Dilma. Um dia importante para nossa educação, pesquisa e ciência. O Brasil voltará a valorizar estudantes e nosso futuro", escreveu.
Sem reajuste desde 2013, as bolsas de mestrado e doutorado terão aumento de 40% e as de pós-doutorado, de 25%:
- Mestrado - De R$ 1.500 para R$ 2.100.
- Doutorado - De R$ 2.200 para R$ 3.100.
- Pós-doutorado - De R$ 4.100 para R$ 5.200.
As bolsas de iniciação científica para alunos do ensino médio e da graduação terão aumento de 200% e de 75%, respectivamente, segundo o governo:
- Iniciação científica no ensino médio - De R$ 100 para R$ 300.
- Iniciação científica no ensino superior - De R$ 400 para R$ 700.
As bolsas para formação de professores da educação básica, cujos repasses variam de R$ 400 a R$ 1.500, terão reajuste entre 40% e 75%. "Em 2023, haverá 125,7 mil bolsas para preparar melhor os professores, peça central na elevação da qualidade do ensino básico", disse o governo.
A Bolsa Permanência - auxílio financeiro voltado a estudantes quilombolas, indígenas, integrantes do Prouni e alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica matriculados em instituições federais de ensino superior - terá reajuste entre 55% e 75%. Atualmente, os valores vão de R$ 400 a R$ 900.
Segundo o governo, os reajustes implicam aporte anual de R$ 2,38 bilhões em recursos do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia. "Investimentos que vão suprir instituições como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)", disse.
No fim do ano passado, o Estadão revelou que os bolsistas ficariam sem receber em dezembro, depois que o Ministério da Economia do governo de Jair Bolsonaro promoveu um bloqueio nos limites orçamentários e financeiros de todos os ministérios. Após pressão da Justiça e da repercussão negativa na imprensa, os auxílios foram pagos. Universidades, como a USP, chegaram a liberar gratuitamente o restaurante para os alunos de pós graduação.
Nesta quinta-feira, o governo deve anunciar ainda um aumento na oferta de bolsas.