O governo espanhol prometeu uma "resposta absolutamente contundente" contra atos de vandalismo protagonizados por torcedores durante o clássico de Madri disputado no domingo, no estádio Metropolitano, do Atlético. Jogadores do Real Madrid, incluindo os brasileiros, foram alvos de ofensas. A partida chegou a ser paralisada em razão da confusão nas arquibancadas e dos objetos atirados ao gramado.
"Vai haver uma resposta absolutamente contundente assim que conhecermos os detalhes que nos darão as forças de segurança", afirmou a ministra da Educação, Formação Profissional e Esportes, Pilar Alegria, nesta terça-feira. Ela fez a declaração após reunião do Conselho de Ministros, onde o assunto teria sido um dos temas em discussão.
Na avaliação da ministra, o episódio de violência no clássico válido pelo Campeonato Espanhol prejudica a "magnífica imagem do futebol espanhol e dos seus torcedores". Ela ainda convocou as federações e os clubes para auxiliarem no combate à violência no futebol.
O empate de 1 a 1 entre o Atlético e o Real foi marcado por manifestações hostis da torcida local desde o início da partida. Ainda na véspera, chamou a atenção uma convocação da organizadas do Atlético, que sugeriam aos torcedores levarem máscaras ou capuzes para cobrirem o rosto durante o jogo.
Nos últimos meses, torcedores vêm sofrendo punições por causa de manifestações racistas e discriminatórias em estádios de futebol da Espanha. A máscara, portanto, seria uma forma de evitar a identificação dos autores de eventuais ataques deste tipo.
O clássico precisou ser paralisado por cerca de 20 minutos no segundo tempo por conta da atitude de torcedores do Atlético após o gol do Real, marcado por Éder Militão, com assistência de Vinícius Júnior. Objetos foram lançados em campo, principalmente na direção do goleiro Courtois, do Real.
Jogadores do Atlético e o técnico Diego Simeone precisaram pedir calma aos torcedores para que o jogo pudesse ter continuidade. Não houve registro de manifestações racistas.