O governo alemão afirmou que a Rússia é a maior ameaça à segurança "no futuro previsível" e defendeu uma abordagem equilibrada para a China ao revelar sua primeira estratégia abrangente de segurança nacional nesta quarta-feira (14). A medida faz parte de um esforço para abordar o que a Alemanha vê como crescentes riscos militares, econômicos e sociais para o país. O maior partido de oposição da Alemanha criticou a posição do governo como "anêmica".
A invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022 demonstrou "o que muitos de nossos vizinhos na Europa Oriental nos alertaram - que a Europa é vulnerável", disse a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, a repórteres em uma entrevista coletiva em Berlim. Um documento de 76 páginas descrevendo a estratégia afirma que "a Rússia de hoje é, no futuro previsível, a maior ameaça à paz e à segurança na área euro-atlântica".
O documento sublinhou a visão de Berlim de que a China é "um parceiro, concorrente e rival sistêmico", observando que "elementos de rivalidade e competição aumentaram nos últimos anos; ao mesmo tempo, a China continua sendo um parceiro sem o qual muitas das questões mais prementes desafios globais não podem ser resolvidos".
Questionado sobre quais implicações práticas a nova estratégia teria, Baerbock disse que o governo examinará de perto as áreas onde a Alemanha é mais vulnerável devido à sua dependência da China. Ela disse que incluem matérias-primas e componentes para os setores de energia, telecomunicações e médico, para os quais a Alemanha está tentando ativamente diversificar suas fontes. Fonte: Associated Press.