A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou nesta quarta-feira, 12, que a Ucrânia já fez "progressos importantes", mas ainda tem "necessidades de financiamento muito grandes em 2023", no momento em que o país trava uma guerra com a Rússia. Em discurso, Georgieva estimou que os ucranianos precisem de US$ 3 a US$ 4 bilhões por mês no próximo ano, em um quadro de déficit fiscal já elevado, refletindo o impacto do conflito.
Segundo a diretora-gerente do FMI, o país necessitará de recursos para necessidades básicas, que passam também por importações no setor de energia. Georgieva diz que o Fundo "está fazendo sua parte para ajudar", como um pacote aprovado na última sexta-feira, de US$ 1,3 bilhão. Com isso, no total o FMI já emprestou à Ucrânia US$ 2,7 bilhões no ano atual, lembrou.
Ela ainda mencionou que, em sua conversa mais recente com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, este pediu que o FMI crie um Fórum Econômico da Ucrânia, para esclarecer sobre as necessidades financeiras do país. Ela disse que haverá trabalho conjunto com a administração de Kiev para atingir esse objetivo.