O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu para 3% a estimativa de crescimento do PIB das economias europeias avançadas em 2022 - 1 ponto porcentual a menos do que nas projeções de janeiro -, e para 3,2% a do avanço do PIB das economias europeias emergentes (excluindo Belarus, Rússia, Turquia e Ucrânia), 1,5 ponto porcentual a menos na mesma comparação. As revisões aconteceram após o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, que contribuiu para os altos preços de itens como alimentos e energia.
Já a estimativa de inflação nas economias europeias avançadas e emergentes subiu para 5,5% e 9,1%, respectivamente.
"Uma guerra prolongada aumentaria o número de refugiados indo para a Europa, os problemas de logística, pressionaria a inflação e aprofundaria as perdas na produção", afirma a entidade em nota. A recomendação é para que países lidem com essas questões usando principalmente a política fiscal. "Estabilizadores fiscais automáticos devem poder operar livremente, enquanto gastos adicionais são alocados para apoio humanitário para refugiados e para transferências a domicílios de baixa renda e a empresas vulneráveis, porém viáveis", afirmou.
As avaliações foram publicadas no documento Perspectiva Econômica Regional para a Europa, divulgado nesta sexta, 22, pelo FMI. O diretor do Departamento de Europa do Fundo, Alfred Kammer, escreveu no blog da entidade que a guerra tem sido um obstáculo para que a Europa se recupere da pandemia de covid-19. "Aumentos de preços de energia e alimentos estão reduzindo o consumo, e a incerteza econômica deve restringir investimentos", afirma. Ele lembra ainda que a Europa deveria melhorar sua segurança energética, principalmente por meio da maior eficiência e da expansão de fontes renováveis.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.