Os EUA criticaram nesta segunda, 8, a decisão da Liga Árabe de readmitir a Síria. "Não acreditamos que o país mereça voltar neste momento", disse Vedant Patel, porta-voz do Departamento de Estado. A Casa Branca pretende manter o esforço para isolar diplomaticamente o regime sírio por conta dos crimes cometidos em 11 anos de guerra civil.
No domingo, 7, os chanceleres dos países árabes decidiram por unanimidade reintegrar a Síria à Liga Árabe, mais de 11 anos após a exclusão do regime em razão da repressão a uma revolta popular que resultou em guerra civil.
A decisão foi tomada em um contexto de reaproximação entre Arábia Saudita e Irã e no momento em que o presidente sírio, Bashar Assad, precisa desesperadamente de recursos para a reconstrução do país destruído pelo conflito interno.
Cúpula
Assad perdeu o status de 'persona non grata' e alguns analistas acreditam que ele pode até comparecer, no dia 19, à cúpula anual dos chefes de Estado da Liga Árabe. "Ele é bem-vindo, se desejar participar", afirmou o secretário-geral da organização, Ahmed Aboul-Gheit.
O conflito na Síria provocou 500 mil mortes e o deslocamento de milhões de pessoas nos últimos 11 anos. Assad, que parecia derrotado, se recuperou e ganhou terreno após o apoio militar da Rússia, em 2015.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.