O diretor de Comercialização e logística da Petrobras, Claudio Schlosser, disse nesta sexta-feira, 8, que a atual estratégia comercial da Petrobras em derivados do petróleo permitiram que não houvesse reajuste do diesel em 2024 até o momento.
"O PPI repassava volatilidade externa, inclusive a do câmbio. A nova estratégia comercial deixou isso para trás", disse Schlosser em relação à mudança na estratégia do setor colocada em pratica ainda em 2023 sob a gestão de Jean Paul Prates, a qual o executivo resumia como "abrasileiramento dos preços dos combustíveis".
3º trimestre
Especificamente sobre os resultados do terceiro trimestre do ano, Schlosser disse que a redução das margens do refino se deve ao impacto das cotações internacionais dos combustíveis.
"A cotação do diesel reduziu 16% e, da gasolina, 37%, no mercado internacional. Isso afetou o resultado de diversas empresas refinadoras", disse.
"O fato real é que essas quedas estão ligadas a uma atividade econômica mais lenta da China, entrada de capacidades adicionais de refino no mundo, no México, no Oriente Médio. Isso pressiona essas margens. O FUT em si não teve efeitos sobre as margens", detalhou.
Ao contrário, disse ele, o aumento do FUT de 91% para 95% na passagem do segundo trimestre para o terceiro permitiu um aumento das vendas internas, sobretudo no centro-oeste, o que foi puxado pela dinâmica das safras do agronegócio no período.
Segundo o diretor de produtos industriais, William França, a Petrobras conseguiu capturar mercado doméstico de diesel no terceiro trimestre. "Chegamos a atingir 97% de FUT e refinamos 818 mil barris por dia de diesel", disse.
Ele lembrou, ainda, que a produção de diesel da Petrobras vai crescer com incremento do parque, no que lembrou a expansão da Rnest. "Nós estamos ampliando nos dois próximos anos uma Reduc nova no sistema Petrobras", comparou.