O dólar ampliou o ritmo de alta na manhã desta terça-feira, mas se mantém em valorização moderada ante o real, essencialmente alinhado ao cenário internacional, onde a divisa americana se fortalece ante a maioria das moedas. Na avaliação de Gean Lima, estrategista & trader de juros e moeda da Connex Capital, preocupações com a atividade econômica mais fraca na China e dúvidas quanto à inflação no Brasil são fatores de atenção no mercado de câmbio doméstico.
Ele ressalva, no entanto, que o real não está entre as moedas mais penalizadas pela alta do dólar nesta manhã. "A deflação do IPCA de agosto (-0,02%) teve uma leitura benigna, mas a abertura dos dados mostrou pontos que provavelmente não se repetirão. É o caso da energia elétrica, que terá peso maior em setembro, devido à adoção da bandeira vermelha", afirma o profissional.
Apesar da pressão no dólar nesta terça, Lima acredita haver fatores que poderão arrefecer a alta à frente, como o aumento do spread de juros com os Estados Unidos, com expectativa de corte nas taxas americanas e alta na brasileira.
Às 11h12, o dólar à vista era cotado a R$ 5,6190, em alta de 0,67%. O dólar futuro para outubro avançava 0,55%, para R$ 5,6320. O DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, subia 0,17%. No confronto com moedas de países emergentes, destaque para a alta de 1,20% do dólar ante o peso mexicano. O petróleo elevava a desvalorização, com perdas próximas de 3% nos futuros de Nova York e Londres.