O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira, 7, que os brasileiros deveriam ter direito de "invadir Portugal". Dino fez o comentário referindo-se a um vídeo que circula nas redes sociais onde uma mulher portuguesa afirma que os brasileiros estão "invadindo" o país europeu.
Em tom de ironia, Dino afirmou que os brasileiros teriam direito a "reciprocidade" já que os portugueses invadiram o Brasil a partir de 1500. O ministro afirmou ainda que até concordaria com a repatriação de brasileiros por Portugal se o país europeu devolvesse o ouro que levou de Minas Gerais.
"Ela diz assim no vídeo, 'vocês estão invadindo Portugal'. Bom, se for isso, nós temos direito a reciprocidade porque em 1500 eles invadiram o Brasil e nós estamos tudo de acordo. Concordo até que eles repatriem todos os imigrantes que lá estão, devolvendo junto o ouro de Ouro Preto e aí fica tudo certo, a gente fica quite", afirmou o ministro.
A fala de Dino foi feito durante o lançamento dos cursos do Bolsa-Formação, projeto do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2). O ministro ministrou uma aula magna no Palácio da Justiça, em Brasília, na manhã desta terça.
Brasileira foi vítima de xenofobia em aeroporto português
Uma brasileira de 35 anos foi vítima de xenofobia no aeroporto da cidade de Porto, em Portugal, nesta segunda-feira, 6. Imagens gravadas pela própria vítima, que não quis revelar sua identidade ao jornal português Gazeta Bragantina, mostram uma mulher, que se identifica como portuguesa, chamando a brasileira de "porca" e mandando-a "voltar para a sua terra".
As ofensas xenofóbicas começaram quando a mala de uma amiga da portuguesa caiu no pé da brasileira enquanto elas desciam escadas rolantes. Ela disse "ai, doeu" e a portuguesa respondeu: "Doeu? É problema seu" começando, então, a ofendê-la, dizendo que ela "não era bem vinda em Portugal" e "volte para seu país, sua porca". Em meio ao ataque, a mulher também disse que os brasileiros estão "invadindo Portugal".
Para assistir ao vídeo com a fala de Flávio Dino, basta clicar aqui.