A eliminação da França para a Espanha na semifinal da Eurocopa colocou em xeque o trabalho do técnico Didier Deschamps. As fracas atuações no torneio europeu trouxeram questionamentos ao comando do treinador, que tem contrato até 2026.
A imprensa francesa criticou a falta de poder ofensivo da equipe que não conseguiu mostrar eficiência na competição. A torcida também se irritou com o futebol apresentado e o nome de Zidane ganha força para uma possível troca visando a Copa do Mundo de 2026.
Deschamps, no entanto, ganhou um aliado importante nessa onda de críticas. Philippe Diallo, presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF) garantiu que o treinador vai cumprir o contrato até o fim.
"Os resultados são geralmente positivos à medida em que o objetivo traçado para a semifinal foi alcançado. Nunca deveríamos banalizar o resultado. Chegar entre os quatro melhores é a demonstração de um desempenho de alto nível", afirmou o dirigente em entrevista ao jornal "L'Equipe".
Diallo considera o trabalho de Deschamps satisfatório e não vê motivo para se ventilar uma mudança no comando da seleção francesa. "Não vejo razão para pôr em causa o seu contrato. Os resultados anteriores falam por ele e os objetivos foram alcançados. Didier continuará sua missão", completou.
Mas se o mandatário da entidade que comanda o futebol francês aprova o trabalho do atual treinador, a campanha apresentada na Eurocopa mostra um time que sofreu para chegar às semifinais.
Na fase de classificação, a equipe obteve uma vitória e dois empates e passou para a etapa seguinte como segunda colocada na chave. Nas oitavas, a vaga veio com um triunfo de 1 a 0 sobre a Bélgica. Diante de Portugal, nas quartas, o selecionado francês confirmou sua chegada à semifinal somente na disputa de pênaltis após uma igualdade de 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. Na semi, a derrota por 2 a 1 para os espanhóis decretou a eliminação e a volta para casa detonando um alto clima de insatisfação por parte da torcida.