De volta à Copa Sul-Americana após seis anos, o Cuiabá estreia nesta quinta-feira, às 19h15, na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT). O adversário é o Melgar, do Peru, o que dá um sabor ainda mais especial por ser o primeiro confronto internacional da história do clube brasileiro.
Em 2016, o Cuiabá entrou na segunda fase, mas caiu para a Chapecoense, que viria a ser reconhecida como campeã após o trágico acidente. Nesta edição, o Cuiabá está no Grupo B, que ainda conta com River Plate, do Uruguai, e Racing, da Argentina. Os adversários se enfrentam no mesmo horário.
O Cuiabá teve até um problema por não estar acostumado a receber estrangeiros. A Conmebol ameaçou a aplicar W.O. se o clube brasileiro não tivesse um aeroporto a, no máximo, 150 quilômetros do local da partida. Com ajuda do Governo Estadual, o Aeroporto Marechal Rondon conseguiu liberação emergencial para o pouso do Melgar. O aeroporto já é internacional, mas apenas para transporte de cargas e passa por reformas para receber a liberação completa.
O técnico Pintado terá alguns problemas para escalar o time. Não conta com o lateral-esquerdo Uendel e o volante Camilo, ambos lesionados. Com isso, Marcão e Rafael Gava disputam vaga para completar meio-campo com Pepê, Rivas e Rodriguinho.
Fora estes desfalques, Pintado deve manter a base do time e afirmou que a manutenção no estilo de jogo pode ser um fator positivo. "O Melgar é um time organizado e com jogadores experientes. Mas nós também temos um time qualificado, que chegou a um título nesta temporada. Temos um estilo de jogo e não podemos mudar para cada adversário. O Cuiabá já tem seu sistema. Será um jogo difícil e temos que jogar no nosso limite", destacou.
O Melgar vem sendo comandado pelo argentino Néstor Lorenzo e chega em bom momento. Está há cinco jogos invicto, sendo quatro vitórias seguidas. O time já atuou na Sul-Americana e eliminou o compatriota Cienciano ao empatar por 1 a 1 e depois vencer por 1 a 0.
Néstor terá força máxima e elogiou o elenco, que tem entre os destaques Luis Iberico, Bernardo Cuesta e Horacio Orzán. "Temos um bom grupo de jogadores, um elenco muito polivalente, o que nos dá inúmeras possibilidades de formação", analisou.