O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados está reunido nesta quarta-feira, 11, para discutir a representação do Novo contra o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) por quebra de decoro parlamentar. O parecer do relator, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), foi favorável à continuidade do processo. Segundo Braga, sua defesa mostrará que "existe uma armação para a minha cassação".
O parecer do relator foi apresentado em agosto, mas um pedido de vista pausou o andamento do processo. Em abril, Glauber Braga agrediu e expulsou um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) da Câmara dos Deputados. O deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que foi defender o militante, também se envolveu na briga.
Braga disse que reagiu a uma provocação do militante. Em sua defesa, o deputado afirmou que não se orgulha, mas não se arrepende do conflito. "A minha ação é da proporcionalidade", justificou. Segundo ele, "o MBL é uma organização criminosa". Durante a sessão em que o relator apresentou seu parecer, Braga afirmou que há interesse em cassá-lo, inclusive do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O relator justificou seu voto pela continuidade do processo, alegando que "a imunidade material não autoriza o parlamentar a proferir palavras a respeito de qualquer coisa e de qualquer um, tampouco a praticar quaisquer atos em dissonância com a dignidade desse Parlamento".