Antes de o caça F-5M, da Força Aérea Brasileira (FAB), se chocar contra o solo nesta terça, 22, em acidente aéreo registrado na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte, o piloto da aeronave conseguiu realizar o procedimento de ejeção.
Ele foi resgatado por uma equipe da Brigada de Salvamento e levado em bom estado de saúde ao Hospital da Base Aérea de Natal (BANT) para exames complementares e já entrou em contato com oficiais das Forças Armadas. A identidade do militar não foi revelada.
Em entrevista à CNN Brasil, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que o piloto foi "hábil" ao levar a aeronave para um campo aberto, desabitado, e ter conseguido se ejetar, mesmo com a aeronave em chamas.
"O piloto foi hábil. Conseguiu, mesmo com fogo já no avião, desviar da área que tinha casas e caiu numa área sem residência. O piloto conseguiu se ejetar e, graças a Deus, não tivemos vítima", afirmou o ministro.
Ainda segundo Múcio, o piloto entrou em contato com o comandante da FAB, o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, assim que chegou na base aérea. "O piloto ligou imediatamente, logo que ele chegou na base, foi recolhido. Ligou para o brigadeiro Damasceno, que é o comandante. Está bem, não teve nada. Vamos agora verificar o que houve com o avião", completou.
O avião caiu em uma área de mata próxima a condomínios residenciais da cidade de Parnamirim. Antes da queda, a aeronave foi gravada por populares pegando fogo na parte traseira. Outros aviões foram vistos em treinamento na região.
Está previsto para o período de 3 e 15 de novembro o Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex). O objetivo é promover um treinamento conjunto em cenários de conflito e a troca de experiências entre os países participantes. Trata-se do maior treinamento de guerra da América Latina, com a participação também da Marinha e do Exército.
A edição de 2024 vai reunir 16 países, entre eles: Brasil, África do Sul, Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Equador, França, Itália, Paraguai, Peru, Portugal, Suécia e Uruguai. Estarão envolvidos mais de 2 mil militares e cerca de 50 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras. Ainda não há confirmação se a aeronave fazia parte dessa operação.
O acidente será investigado pelo Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos (Cenipa) com o objetivo de identificar os possíveis fatores que contribuíram para o acidente e evitar que novas ocorrências semelhantes ocorram.