O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou hoje sete novos ministros para seu gabinete, incluindo Ricardo Bonilla, que comandará a Fazenda do país. Em um comunicado, Petro disse que as trocas ocorreram após o pacto existente ter sido descumprido, e disse que o novo gabinete redobra a agenda de mudanças sociais voltadas à maioria da população.
Bonilla é um economista que substituirá José Antonio Ocampo no cargo. Ele já havia sido secretário da Fazenda de Bogotá quando Petro era prefeito da capital colombiana. Bonilla tem vasta experiência acadêmica, e já foi diretor do Centro de Pesquisas para o Desenvolvimento (CID) da Universidade Nacional da Colômbia, e também dirigiu o Departamento de Economia de referida universidade.
Petro pediu a renúncia de todos os seus ministros e, pela segunda vez em oito meses no cargo, decidiu reordenar o gabinete. A decisão gerou incertezas, afirmam analistas e dirigentes políticos que reagiram à decisão do chefe de Estado de repensar a sua gestão e formar um "governo de emergência". O peso colombiano reagiu, e a moeda, que vinha sendo uma das mais apreciadas na região durante as últimas semanas, se desvalorizou cerca de 3% ante o dólar.
A medida foi tomada depois que três dos partidos do governo no Congresso - o Partido Liberal, o Partido Conservador e o Partido Social de Unidade Nacional - não apoiaram a reforma da saúde proposta pelo Petro. "A coalizão política acordada por maioria terminou hoje devido a decisões de alguns presidentes de partidos", escreveu Petro no Twitter na noite de ontem. Horas antes, o presidente havia dito na rede social que o governo de emergência "deve ser instalado agora".