A China anunciou nesta terça-feira (9) a expulsão de um diplomata do Canadá, em retaliação após o governo canadense ordenar que um funcionário consular chinês deixasse o país por supostas ameaças feitas por ele contra um parlamentar canadense e sua família. O Ministério das Relações Exteriores em Pequim informou que estava adotando a medida recíproca após a decisão "inescrupulosa" do outro país.
Graduada diplomata canadense, Jennifer Lyyn Lalonde estava lotada em Xangai, mas deve deixar o país até 13 de maio. O governo chinês acrescentou que "se reserva o direito de adotar mais ações em resposta".
Após a medida chinesa, o premiê do Canadá, Justin Trudeau, disse: "Nós entendemos que há uma retaliação, mas não nos deixaremos intimidar". Segundo ele, "continuaremos a fazer todo o necessário para manter canadenses protegidos de interferência estrangeira".
O governo de Trudeau havia anunciado que estava expulsando um diplomata chinês que, segundo a agência de inteligência do Canadá, estava envolvido em um plano para intimidar um parlamentar da oposição e seus parentes em Hong Kong. A China usa com regularidade ameaças contra membros da família para intimidar críticos na diáspora chinesa. O diplomata Zhao Wei, acusado no caso, recebeu cinco dias para deixar o país e não estava claro se ainda estaria ou não no Canadá. Fonte: Associated Press.