Os recentes exercícios aéreos e marítimos da China que simularam um cerco a Taiwan tiveram o propósito de servir como um "sério aviso" a políticos pró-independência da ilha autônoma e a seus apoiadores estrangeiros, afirmou o governo chinês nesta quarta-feira.
Os três dias de exercícios aéreos e marítimos em larga escala, que terminaram na segunda-feira, foram uma resposta à reunião da presidente taiwanês, Tsai Ing-wen, com o presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, na Califórnia, na semana passada, durante breve passagem pelos EUA. A China havia alertado sobre sérias consequências se o encontro realmente ocorresse.
Embora alegue que os exercícios foram concluídos, a China vem mantendo a pressão militar contra Taiwan nos últimos dias e já sinalizou novas ações.
O Ministério de Transportes de Taiwan disse nesta quarta que recebeu um aviso da Administração de Aviação Civil da China de que criaria uma zona de controle para "restringir voos" em partes do norte de Taiwan entre 16 e 18 de abril, estabelecendo uma zona de exclusão aérea.
"Por conta própria, eles criaram uma área de alerta para controlar os voos dentro da jurisdição da Região de Informação de Aviação de Taipé em nosso país, usando a desculpa de atividades aeroespaciais", afirmou comunicado de Taiwan.
Taiwan disse que protestou contra o aviso e conseguiu que a China reduzisse o tempo de proibição de voos de três dias para 27 minutos na manhã de 16 de abril.
A China, que reivindica Taiwan como parte de seu território, envia regularmente navios e aviões de guerra para o espaço aéreo e águas próximas à ilha.
"O Exército de Libertação do Povo (chinês) recentemente organizou e conduziu uma série de contramedidas no Estreito de Taiwan e nas águas circundantes, o que é um sério alerta contra o conluio e a provocação das forças separatistas de independência de Taiwan e de forças externas", disse nesta quarta Zhu Fenglian, porta-voz do Escritório para Assuntos de Taiwan, em entrevista coletiva quinzenal. Fonte: Associated Press.