Política

Carlos Bolsonaro é removido do grupo de WhatsApp da Câmara do Rio após operação do caso Abin

Estadão Conteúdo
30/01/2024 às 13:41.
Atualizado em 30/01/2024 às 13:50

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira, 29, foi removido do grupo de WhatsApp da Câmara Municipal da capital fluminense poucas horas após o cumprimento dos mandados de busca e apreensão. Agentes estiveram na casa e no gabinete parlamentar no Rio, na residência de férias da família em Angra dos Reis (RJ) e em outros endereços ligados aos demais investigados, na esteira da investigação sobre suposta espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro.

A informação foi publicada pelo Metrópoles e confirmada pelo Estadão. O vereador foi removido do grupo de mensagens pelo presidente da Câmara, o vereador Carlo Caiado (PSD), na tarde desta segunda, após a operação.

Não houve uma explicação aos vereadores após a remoção. O grupo é utilizado para a comunicação entre os parlamentares sobre assuntos da rotina parlamentar, como avisos de votações e comunicados da presidência. Antes e após a operação, não houve manifestações sobre o caso. As mensagens se restringiram a felicitações de aniversário ao vereador Wellington Dias (PDT), que completou 49 anos nesta segunda.

PF apreendeu computadores e celulares de Carlos

A PF apreendeu computadores, celulares e uma arma de Carlos Bolsonaro nos endereços ligados ao parlamentar. Jair Bolsonaro e os filhos estavam na casa que foi alvo das buscas e deixaram o local de barco. Além de Carlos Bolsonaro, são citados na investigação: Luciana Paula Garcia da Silva Almeida, assessora de Carlos na Câmara do Rio; Priscila Pereira e Silva, assessora do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) na Câmara dos Deputados; e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército cedido a Abin.

Na casa de Giancarlo, em Salvador (BA), foi apreendido um notebook da Abin. A mulher do militar é servidora da agência. Em nota, a agência disse que "Giancarlo Gomes Rodrigues não trabalha atualmente na Abin".

Os mandados, autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, fazem parte de uma operação da PF que apura o uso da Abin para fins pessoais durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo as diligências, uma estrutura paralela no órgão de inteligência pode ter sido utilizada para perseguir adversários políticos do bolsonarismo.

A PF foi às ruas nesta segunda-feira para vasculhar endereços no Rio de Janeiro (cinco), Angra dos Reis (um), Brasília (um), Formosa (GO- um) e Salvador (um). A nova etapa do inquérito mira o "grupo político" vinculado aos servidores da Abin sob suspeita.

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