O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autonomia da autoridade monetária foi um grande ganho institucional para o Brasil. "Nós vimos: houve uma eleição onde teve pouca variação em termos de variáveis econômicas e eu acho que em grande parte se deu graças à autonomia do Banco Central. A autonomia está passando pelo seu primeiro teste. Tenho certeza de que o processo vai amadurecer, as pessoas vão entender ao longo do tempo que o Banco Central é técnico", afirmou, durante audiência da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
Campos Neto lembrou que a proposta de emenda à Constituição que amplia a autonomia do BC está em avaliação no Senado e, para defender o projeto, citou dados e estudos.
Ele disse que há pesquisas que mostram que 74% dos bancos centrais acham que a autonomia financeira é a mais importante e que quanto mais independente é a autoridade monetária, menor é a inflação.
"Alguns países tentaram sair da independência, da autonomia do Banco Central e alguns países também flertaram com a saída do sistema de metas. Acho que não tem na história nenhum exemplo que tenha dado certo", disse ele, citando os casos de Argentina e Turquia como exemplos mais evidentes da escolha errada.