A coordenação da campanha do candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, cobra que candidatos ao governo no Acre, no Pará, no Espírito Santo e em Rondônia mostrem o ex-presidente e o vice Geraldo Alckmin (PSB) nos horários eleitorais e em materiais de propaganda. Aliados querem "unificar a campanha" nessa reta final.
"O problema que nós identificamos nesses Estados é que não tem no programa de TV a presença do Lula e do Alckmin. Têm Estados que os deputados estão fazendo campanha sozinhos. A ideia é padronizar e unificar a campanha nesses 20 e poucos dias, de cima a baixo", afirmou o deputado federal José Guimarães (PT-CE), ao citar um dos pontos abordados na reunião de coordenação realizada hoje em São Paulo.
No Espírito Santo, por exemplo, o PT abriu mão da vaga ao Executivo estadual para apoiar a reeleição do governador Renato Casagrande (PSB). A coligação de Casagrande é ampla e acomoda partidos estaduais que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) no plano nacional.
O PP capixaba, que apoia o governador, por exemplo, declara abertamente compor a base de Bolsonaro. "Aqui é eleição estadual. O Casagrande lidera ampla coalizão de direita, centro-direita, centro-esquerda. Não tem porque botar material de Lula. PP no Espírito Santo é Bolsonaro", disse o deputado federal Neucimar Fraga (PP-ES). "O compromisso do PP é que na eleição do governo não entra presidente", continuou.
No Pará, os petistas apoiam a reeleição do governador Helder Barbalho (MDB). A base de Barbalho é formada por uma coalizão de 15 partidos e busca respeitar as diferenças dessa aliança, evitando exclusividade no palanque nacional. O MDB lançou a candidatura da senadora Simone Tebet ao Palácio do Planalto.
No Acre, o PT lançou a candidatura de Jorge Viana ao governo. E em Rondônia, os petistas apoiam Daniel Pereira (Solidariedade) ao Executivo estadual.