Internacional

Brasileiros que estavam em Gaza chegam à capital do Egito

Estadão Conteúdo
12/11/2023 às 20:25.
Atualizado em 12/11/2023 às 20:33

O grupo de 32 brasileiros que estava na Faixa de Gaza chegou à capital do Egito, Cairo, onde deve dormir neste domingo, 12, para depois seguir viagem até o Brasil. Os brasileiros foram recebidos por uma equipe médica da Força Aérea Brasileira (FAB).

O grupo partirá do Cairo na aeronave VC-2, cedida pela Presidência da República, às 11h50 (horário local) na segunda-feira, 13.

Após escalas em Roma (Itália), Las Palmas (Espanha) e na base aérea do Recife, o desembarque em Brasília está previsto para as 23h30 (horário local).

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deve receber os passageiros.

A chegada das 32 pessoas marca o fim de uma espera de mais de um mês pela retirada dos brasileiros do enclave governado pelo grupo terrorista Hamas e sob uma operação militar conduzida por Israel após o ataque terrorista do dia 7 de outubro.

A lista original contava com 34 nomes, mas duas pessoas - mãe e filha brasileiras - decidiram permanecer em Gaza.

Com isso, embarcam 32 pessoas, sendo 22 brasileiros, sete palestinos que têm RNM (Registro Nacional Migratório) e três palestinos que são familiares próximos. Dentre eles, 17 são crianças, nove são mulheres e seis são homens.

Percurso de ônibus

Antes de chegar ao Cairo, o grupo fez um percurso de ônibus de aproximadamente 2 km, onde realizaram os procedimentos obrigatórios para entrada no país.

Os brasileiros passaram pelo controle migratório palestino de Gaza, cumprindo os trâmites necessários para deixar a região.

Grupo

O grupo é formado por pessoas que estavam no sul da Faixa de Gaza, nas cidades de Khan Younis e Rafah. Quando chegarem ao Brasil, elas devem permanecer por duas noites em Brasília, em um alojamento da FAB, se recuperando e descansando.

Uma força-tarefa será mobilizada no aeroporto, onde haverá estrutura de acolhimento com representantes da Polícia Federal e Receita Federal destacados para auxiliar no desembaraço de documentação, caso haja necessidade.

Haverá ainda a presença de médicos, psicólogos e um posto de imunização para fazer o atendimento imediato.

Segundo o Itamaraty, nem todos têm casa no Brasil e alguns são palestinos, e será preciso oferecer apoio e documentação para viverem no Brasil.

Algumas famílias poderão ficar abrigadas no interior do Estado de São Paulo.

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