O Banco Popular da China comprou 400 bilhões de yuans, o equivalente a US$ 56,13 bilhões, em títulos do tesouro de longo prazo, de acordo com um aviso oficial publicado nesta quinta-feira, 29. Isso ocorreu logo após o Ministério das Finanças do país vender as notas para credores comerciais designados no início do dia, quando o mesmo valor da dívida expirou.
Já havia especulações sobre se o banco central se envolveria na negociação de títulos para aumentar a liquidez na ainda frágil economia chinesa. Pela lei local, o PBoC é proibido de comprar diretamente títulos do governo em mercados primários, e geralmente se absteve de tais compras em mercados secundários nos últimos 20 anos.
O presidente do Banco do Povo da China, Pan Gongsheng, disse em um discurso em junho que a negociação de títulos do PBoC será uma ferramenta de gerenciamento de liquidez que inclui compra e venda e não será uma forma de flexibilização monetária massiva.
Embora ainda não esteja claro quando o PBoC começará a negociar títulos em mercados secundários, à medida que um frenesi de títulos de meses continua, o BC sugeriu que está pronto para entrar no mercado, mas como um vendedor, ao contrário do que os investidores desejavam.
A mídia estatal chinesa informou no mês passado que o PBoC havia assinado acordos com grandes corretoras para tomar emprestado "centenas de bilhões" de yuans em títulos do governo e estava pronto para vender, um movimento que analistas dizem que provavelmente visa estabilizar os rendimentos de títulos de longo prazo em queda, que foram empurrados para baixas recordes em meio à crescente demanda por ativos de segurança, como notas do tesouro, à medida que a economia enfraquece.