A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) encerrou na madrugada desta quarta-feira, 6, em sessão plenária extraordinária, a discussão envolvendo o projeto de lei (PL) de privatização da Sabesp. Nesta quarta, às 00h10, os deputados estaduais concluíram as seis horas mínimas necessárias para a votação de um projeto em regime de urgência.
A votação da matéria, de fato, fica para a tarde desta quarta-feira, às 17h30, e deputados da base, assim como o governo, já contam com a aprovação do projeto.
As apostas estão em um placar que pode variar entre 50 a 60 votos favoráveis. Para ser aprovado, o projeto de lei precisa da maioria simples de 48 deputados.
Um termômetro desse placar foi feito no fim da noite de terça-feira quando 58 deputados votaram a favor do encerramento da discussão que ocorria no projeto, assim que ele cumpriu os requisitos mínimos para ser votado.
Oposição
Na terça-feira, deputados da oposição já indicaram qual vai ser seu próximo passo após a aprovação do projeto. "A gente vai brigar em cada Câmara [municipal] e no Judiciário para barrar a privatização", disse o deputado Donato (PT), durante sessão plenária.
A oposição também pontuou, em diversos momentos, que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não colocou o projeto de privatização em seu plano de governo.
A declaração tem como objetivo rebater a narrativa da base que a população, ao eleger Tarcísio, apoiava a privatização, uma de suas promessas de campanha.
Confusão
Próximo das 23 horas, houve um empurra-empurra entre base e oposição na sessão. A confusão envolveu, entre outros, os deputados estaduais Emídio de Souza (PT), Donato (PT), Lucas Bove (PL) e Gil Diniz ((PL).
A discussão começou após Emídio criticar falas do deputado Guto Zacarias (União Brasil), afirmando que o deputado fazia parte do "maior lixo que a política brasileira criou", em referência ao MBL.
Houve uma troca de acusações, e Donato tentou se aproximar de Guto quando ele começou a criticar o PT.
Antes de alcançar Guto, o deputado petista foi empurrado por Gil Diniz e a confusão evoluiu envolvendo diversos parlamentares.
Passados alguns minutos, o clima acalmou e a sessão foi retomada.