Após a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PT) anunciar apoio público ao candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, ambos falaram em atrair não apenas votos de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), mas também do presidente Jair Bolsonaro (PL) para vencer as eleições.
"Até a urna se fechar, não existe um voto fixo do Lula, um voto fixo do Ciro, da Simone ou de quem quer que seja. Que a gente possa ganhar muitos votos daqueles que não são bolsonaristas, mas estão iludidos com a ideia de que Bolsonaro possa ser uma alternativa ao País", afirmou Marina em coletiva de imprensa. Ela reforçou, no entanto, que vai tratar "com respeito" todas as outras candidaturas.
Fora do microfone, Lula também reforçou a tese de atrair eleitores bolsonaristas. "Não é só o voto do Ciro e da Simone, é também voto dos que querem votar no Bolsonaro. Vamos ter que ganhar muito dele", disse.
A aproximação entre Lula e Marina era ensaiada desde o início do ano e é vista como um movimento do petista ao eleitor do Centro. Como mostrou a coluna do Jogo Político, além de fortalecer a campanha de Lula na discussão ambiental, a reaproximação do ex-presidente com Marina transmite a mensagem de colocar as divergências de lado e se aliar contra um adversário comum, fortalecendo a tese do voto útil - aposta do PT para vencer a disputa já no primeiro turno.